22 de set. de 2011

Vem Aí o V CONEUFRGS



Estamos chegando as vésperas do V Congresso de Estudantes da UFRGS. Nós da ANEL - RS, entendemos esse momento com muito especial para @s estudantes levarem suas reivindicações por uma uma UFRGS pública, com qualidade e mais estudantes. Abaixo publicamos nossa TESE para o congresso, que já é assinada por mais de 226 colegas da UFRGS de 25 cursos diferentes. Queremos que você também participe desse movimento. Leia a TESE, contribua e traga suas pautas. Para isso Sexta-feira dia 23 de Setembro estaremos realizando as 18:30 na FACED (Faculdade de Educação) um grande momento para reunir tod@S apoiador@s de nossa TESE. Faça você parte desse momento. Venha construir com a gente a UFRGS QUE QUEREMOS.


VEJA NOSSA TESE COMPLETA


20 de set. de 2011

EGEPe 2011 - Chega de anonimato, estamos de volta!

Nos dias 17 e 18 de setembro @s estudantes do curso de Pedagogia das universidades gaúchas se reuniram na cidade de Pelotas para a realização do seu encontro estadual, o primeiro encontro depois de anos em que o movimento estudantil de Pedagogia esteve desarticulado.
O EGEPe acontece em um momento crucial, em que os ataques à educação se intensificam com os cortes de verbas para a educação e principalmente com criação do novo PNE (Plano Nacional de Educação) que além de beneficiar setores privados da educação, não destina 10% do PIB para a Educação conforme exigem @s estudantes de Pedagogia ( e tantos outros movimentos), que estiveram em Pelotas.
Debates sobre financiamento para educação, relação público-privado, feminilização da profissão docente e projetos contra-hegemônicos foram o foco dos GDTs que aconteceram no sábado à tarde. @s estudantes que estiveram presentes puderam falar sobre os problemas que enfrentam em suas universidades e na sua profissão.
Na mesa sobre a aplicação dos 10% do PIB para a educação contamos com a presença de representantes de entidades e coletivos do movimento estudantil, do ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior) e da Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia. A ANEL esteve presente reafirmando a importância de aplicação de mais verba para a educação se colocando contra o PNE do Governo Dilma.
Com a plenária final, saiu do EGEPe uma comissão organizativa para o próximo encontro, em que finalmente teremos uma comissão estadual que representará os estudantes na executiva Nacional. Apesar de um encontro pequeno, temos a certeza de que os estudantes que estiveram em Pelotas saem fortalecidos para reativar em nosso Estado o movimento Estudantil da Pedagogia, pois sabemos da necessidade de um movimento combativo de estudantes que em breve estarão em sala de aula sofrendo na pele todos estes ataques.

Fortalecer a luta pela educação pública, gratuita e de qualidade... Eis o que querem @s estudantes de Pedagogia!

19 de set. de 2011

Vem aí o vídeo do Primeiro Congresso da ANEL

Galera, tá pronto o vídeo que vai tentar expressar tudo o que vivemos no grande congresso que construímos. Em breve ele estará no ar. Enquanto isso, ficamos com uma prévia..

Da minha passagem por Brasília.


 Janaína Tatim - Estudante de Letras da UFRGS
          Deve haver mais de duas motivações que me fizerem decidir ir para Brasília naquela semana, imagino que muitas delas habitavam as regiões de sombras do meu inconsciente, e por tanto, não tenho como objetivá-las por enquanto. Por isso falo das duas que são claras pra mim, que estão no nível de serem elaboradas pelo verbo e são capazes de perpassar essa experiência. Antes de tudo, é uma questão de relação com o Brasil e seus signos. Desde bastante tempo, quando comecei a pensar a minha vida, o meu lugar no mundo, eu me vejo cada vez mais entrelaçada à história e situação passada e presente da terrinha. Nesse sentido, Brasília tem uma carga robusta de simbologia, assim, conhecer a capital do meu país na circunstância de luta social me pareceu também simbólico pra minha vida, pra vida de alguém que não consegue desentranhar o Brasil de dentro de si. Enfim, duas motivações se evidenciam então: uma com um caráter de marco na minha vida pessoal altamente simbólico e outra, também atrelada a essa, mas com um desvio autônomo, a do envolvimento político, da luta, da participação coletiva, uma coisa em que eu acredito e com a qual me relaciono pela lembrança das muitas pessoas que compartilham esse sentimento comigo, especialmente as que morrem nas mãos dos militares.
       Com essas coisas fervendo dentro, versejei comigo: “Eu vou, porque não? Porque não?”. Resolvi aceitar o convite pra viagem, que veio das meninas do CEL, a Nate, a Graci. Elas me explicaram que o propósito era participar da Jornada de Lutas, que naquela semana se concretizaria numa grande marcha em Brasília pelos 10% do PIB para a educação. Nossa viagem foi toda financiada pelo ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) desde o ônibus até a alimentação.
          A marcha foi uma conjunção de diversos setores dos movimentos sociais atuantes hoje no Brasil, como sindicatos e organizações de trabalhadores urbanos – desde os servidores do ensino técnico e superior até um número bem expressivo de metalúrgicos vindos de São José dos Campos e outras regiões que já habitam o imaginário desse circuito histórico de luta sindical, lembro inclusive de ter tido a oportunidade de trocar uma idéia com alguns metalúrgicos numa parada que fizemos em São Paulo; eles estavam indo pra marcha! –, também se juntaram a nós os trabalhadores rurais, da Via Campesina e, especialmente, do MST, que marchou exatamente ao lado dos estudantes – nós cantávamos: “sem terra é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo” e eles respondiam “estudante é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo” –, como se sabe, o MST é da base governista, então tê-los ao nosso lado, lutando por uma pauta que vai contra os interesses do governo foi bastante significativo. Por fim, claro, estava presente, e encabeçando a marcha, nós, o movimento estudantil; aqui quero lembrar a total ausência da UNE que foi convidada a participar da Marcha mas nem se apresentou.
      Presente mesmo estava a ANEL (Assembléia Nacional dos Estudantes Livre) com ônibus de todos os cantos do Brasil, uma organização nova que vem se propondo a representar de verdade os interesses dos estudantes, já que a UNE virou pelego do governo e dos partidos. Há muitas diferenças significativas entre a ANEL e a UNE, a primeira delas é a questão do financiamento da entidade que tem tudo a ver com as possibilidade de representação que a organização vai poder exercer: a UNE recebe dinheiro diretamente do governo federal e de alguns ministérios, como o dos Transportes, além disso também recebe grana do PMDB (!?), quer dizer, quando a discussão é o passe livre dos estudantes, lá está o rabinho preso da UNE que não pode/quer se manifestar; quando a discussão é qual deveria ser o destino dos 10% do PIB, caso viéssemos a consegui-lo, lá estaria a impossibilidade da UNE de ir à raiz do problema, já que eles, claro, também defendem a bandeira dos 10%, mas acham que o investimento deve ir para as atuais políticas governistas, como o Prouni (dinheiro público alimentando a rede privada) e o Reuni (grande falcatrua que supostamente amplia vagas, mas não dá condições de permanência do estudante na universidade pública), só para acrescentar um dado referente a essa questão: o recurso gasto com um aluno do Prouni equivale ao de três alunos da universidade pública, então veja se é uma política que tá interessada em promover a educação ou o bolso dos donos das instituições privadas. Já a ANEL foi à raiz do problema, nós queremos sim os 10% e tem que ser pra já e tem que ser dinheiro público para universidade pública, por isso a gente diz não ao PNE (Plano Nacional de Educação) do governo que será votado esse ano (fica de olho), nele, além de outros pontos altamente discutíveis, consta que os 7% que estavam cotados desde o antigo PNE e que não foram atingidos (não se investiu nem 4% do PIB no financiamento da educação) sejam agora meta para a próxima década, quer dizer, no início da década passada foram fixados os 7% e não foram cumpridos, agora, nesse novo plano que é também decenal, ou seja, suas metas podem ser cumpridas até 2020, querem fixar os mesmo 7%: claro está: se depender do governo o troço não vai avançar mesmo e vamos ter aí mais uma geração nas mesmas condições porcas que a gente vê atualmente. Há outros pontos importantes que diferenciam diametralmente a ANEL da UNE, alguns deles eu vou comentar a partir das situações que ocorreram na viagem, por hora, digo que vale a pena ajudar a construir e consolidar a ANEL como contraponto à UNE.
        Partimos então na segunda-feira à noite, para chegarmos lá na quarta-feira de manhã. E nessa seqüência, fomos direto para a Marcha. Que foi bem grande, a maior que já participei, cerca de 20 mil pessoas. Como já disse, os estudantes e um pequeno grupo representativo de cada um dos movimentos, que estavam levando também suas pautas, foram bem na frente e ao nosso lado, em coluna estava o MST. Lembro de olhar para trás com meus companheiros e não ver o fim da Marcha! Na rua, recebemos o apoio de muitas pessoas, especialmente motoristas do transporte urbano e de caminhoneiros! A uns 50 metros de distância da gente, do outro lado da via, estava uma tropa de policiais a cavalo, uma cena meio assustadora, por alguma lembrança obscura que pode suscitar de outros tempos... Mas nenhum problema com os home. Seguimos com gritos de ordem, cartazes e bandeiras até o Planalto, ah! esqueci de dizer, também lembramos dos estudantes chilenos e levamos muitos cartazes em apoio a eles. O sol estava a pino e tostando bonito os corpinhos que se mexiam na rua, o ar era seco de doer, não preciso nem dizer como passei sede e fiquei com grandes queimaduras pelos braços, peito e rosto! (mas valeu a pena e não hesitaria em me tostar toda de novo pela causa.) Na frente do Palácio, fizemos um 10% humano gigante com os estudantes, e eu fui, em ocasião, parte do número 1 e depois do número 0.
        Seguimos, depois, para a frente do Ministério da Educação: sim, o famigerado MEC. Lá, ocupamos a rua (nem preciso dizer que a polícia protegeu em peso a porta)... e fizemos uma espécie de assembléia, em que tomamos conhecimento da situação de universidades e escolas de todo o Brasil, a coisa tá russa mesmo! Havia, naquela semana, greve dos servidores em mais de 18 estados, dezenas de reitorias ocupadas em todo o país e no mínimo três universidades em greve geral de estudantes, professores e servidores. A gente também ficou sabendo de várias barbaridades que estão ocorrendo por aí, como a consideração do amável governador do Ceará: “quem quer dar aula faz isso por gosto e não pelo salário” e das situações materiais caóticas de inúmeras instituições. Conseguimos colocar lá dentro do MEC uma comissão representativa dos estudantes para “caçar” o ministro Haddad, inclusive junto foi aquela professora que ficou famosa na internet pelo discurso que fez na câmara sobre o salário lamentável dos professores, e de fato, conseguimos, ele recebeu o manifesto da comissão e se “comprometeu” com várias pautas. Não nos iludimos, no entanto, ninguém é trocha de crer no compromisso do ministro... enfim, vamos continuar “caçando” o Haddad. Nosso próximo grande passo, articulado com os movimentos sociais, é realizar um plebiscito para que o povo responda se quer ou não os 10% da educação! Tô muito pilhada para que isso se efetive.
         Depois, o resto da tarde foi de discussões entre os vários movimentos sociais, oportunidade novamente única de tomar conhecimento do que verdadeiramente anda acontecendo atualmente e que a gente nunca fica sabendo...
No dia seguinte ao da Marcha, aconteceu na UnB a V Assembléia Nacional da ANEL, ali pude conhecer melhor a organização, o funcionamento e as pautas desse novo movimento estudantil e fiquei especialmente contente e satisfeita com o que vi. Houve grupos descentralizados de discussão de pautas que depois foram levadas à plenária geral para serem aprovadas por todos. Essa é uma estrutura que não se vê mais na UNE; na ANEL a discussão e a intervenção é de fato acessível a todos que participam. Sei que esse relato já está demasiado longo e eu poderia ficar aqui falando de cada uma das pautas que foram discutidas, pela sua relevância, mas não vou fazer, não se preocupe. Apenas não poderia deixar de falar de uma das bandeiras que mais me emocionam e me orgulham e que está super a frente na ANEL: o movimento contra as opressões, em especial o machismo, o racismo e a homofobia. A ANEL realmente se posiciona com relação a esse tema e leva ele a cabo enquanto política da organização. Houve um caso de machismo na festa de confraternização cultural da ANEL, na noite anterior ao congresso, em que um colega da delegação aqui do Rio Grande do Sul, estando muito bêbado e chapada, decidiu agarrar e agredir verbalmente uma moça da UnB, também participante do movimento estudantil, ninguém fez vistas grossas para o caso, muito antes pelo contrário, ele foi levado ao conhecimento de todos, no dia seguinte, para o congresso, e exigiu-se a retratação pública do rapaz. É claro que ele não deu as caras, mas depois, em plenária em nosso próprio ônibus, na volta para Porto Alegre, ele se retratou diante da nossa delegação, retratação que vai ser oficializada nos meios públicos da ANEL e no próximo congresso. Outro acontecimento que me deixou muito emocionada, foi o protesto que nós fizemos, ao final do congresso, por toda a UnB, em repúdio a um caso de estupro, que ocorreu no campi, de uma aluna que estava indo para a parada de ônibus, há algumas semanas atrás. Nem o DCE da UnB nem a reitoria se manifestou sobre o acaso (que aliás não é o primeiro), ele foi literalmente silenciado, e nós, em um grupo bem considerável, caminhamos do prédio das salas de aula (O Minhocão) até a reitoria, chegando lá subimos as escadas até o gabinete do reitor com gritos e canções de ordem contra o machismo, o racismo e a homofobia, entre elas: “eu sou mulher, quero respeito, mulher não é só bunda e peito”, “machistas, homofóbicos: NÃO PASSARÃO” e “se cuida, se cuida, se cuida seu machista, americana latina vai ser toda feminista”, você consegue imaginar o quão emocionante é ver centenas de jovens, homens e mulheres, defendendo o direito das mulheres, dos homossexuais e dos negros, dizendo não ao silenciamento da violência, se afirmando com toda a força contra fatos absurdos como esse da UnB? Como foi bonito olhar pro lado e ver todos meus companheiros homens gritando comigo, com toda vontade “eu sou mulher, quero respeito...”, ninguém vai me convencer de que isso é bobagem, de que é inútil... certamente pra quem sofre violência sexual não é! Deixamos nosso manifesto na porta do reitor e percorremos o resto do campi com nosso protesto, não precisa nem dizer que as pessoas olhavam embasbacadas pra gente... Foi um momento sublime, poucas vezes, estando entre tanta gente eu me senti protegida e respeitada enquanto ser humano: um miligrama de igualdade, um sentimento de potencialização de humanidade inexplicável.
Depois, foi a volta, sem mais delongas, não vou me ater às 38 horas de viagens, às inúmeras paradas que fizemos, às paisagens de cada local por que passamos, às discussões e plenárias que foram feitas dentro do próprio ônibus, que tinha gente de várias universidades do estado, até de escolas e um pessoal bacana de Santa Catarina. Dessa galera, só tenho a dizer que são pessoas muito legais e que eu me orgulho de poder contar com eles pra luta e de poder compartilhar ideais e sentimentos. Esse tipo de experiência pelo coletivo é inigualável, foi como uma fissura rachando esse nosso tempo e espaço, ou talvez como uma rosa irrompendo no meio do asfalto, e eu me senti no bojo dessa rosa, vivenciando um sentimento oceânico, e partilhando esse mesmo sentimento com 20 mil, 500 ou 50 pessoas, ou uma sequer, que segurou a minha mão.

18 de set. de 2011

Feriado em Porto Alegre... é dia de ATO contra a CORRUPÇÃO!


O tradicional feriado de 20 de setembro será marcado pela presença dos ''caras pintadas contra a corrupção'' em Porto Alegre. Assim como no último dia 7, o movimento está sendo organizado via facebook e conta com forte apoio popular. Já são mais de 1300 confirmações no evento!

Aproveitando a deixa do feriado gaúcho e a grande movimentação que ocorre na capital durante o dia, a Marcha está sendo convocada para as 10h, com concentração no estádio Beira-Rio, mesmo local de partida do desfile Farroupilha. As mesmas caras que tomaram a capa dos jornais a menos de três semanas prometem voltar as ruas e dessa vez com mais força.

A luta contra a corrupção é mais do que necessária em nosso país. Essa semana caiu o quinto Ministro de Dilma, o apadrinhado de Sarney, Pedro Novais da pasta do Turismo. Enquanto milhares de trabalhadores estão em greve por aumento salarial, pedindo mais verbas para a educação, saúde, moradia, entre outras tantas reivindicações, a farra dos políticos e banqueiros é o mais cresce em nosso país.

Os jovens já estão dando provas de que são capazes de sacudir as estruturas da nossa sociedade e isso acontece quando a mobilização entra em cena: quase 20 reitorias já foram ocupadas país a fora, em diversas escolas e universidades já ocorreram mobilizações e o melhor, na maioria dos casos, quando a luta tomou corpo a juventude conseguiu vitórias importantes. Exemplos não nos faltam, é só lembrar das lutas em Teresina, Florianopolis, Maringa, Curitiba...

Agora é a hora de estender essa movimentação e atacar frontalmente a farra dos políticos e banqueiros! A pauta dos 10% do PIB para a educação é parte dessa luta, afinal, como investir mais em educação se essa situação continuar assim?

40 bilhões no bolso dos corruptos... menos 3bi pra educação
Salário de 26,7 mil para os deputados e menos de 3% do orçamento para educação
Até quando?

CHEGA DE CORRUPÇÃO!

10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO JÁ!


Julinho: a ausência do Grêmio e a construção de uma nova alternativa

Por Fernanda Khalil, do Movimento Voz Juliana

Os estudantes do Julinho estão cada vez mais abandonados pela atual gestão do GEJC. O nosso Grêmio, que é reconhecido no estado inteiro por todo o movimento social como a principal entidade dos estudantes secundaristas gaúchos, em 2011 não está fazendo jus a essa história. 

Se analisarmos o material de campanha que a chapa da atual gestão integrou ano passado, veremos que mais da metade de suas promessas não chegaram perto de serem cumpridas.

No material, eles prometiam campeonatos inter-colegiais de vôlei e futebol masculino/feminino; jornal para o Grêmio; rádio organizada por coordenadores eleitos pelos estudantes, que fosse independente e democrática e a criação de um departamento de opressões que fizesse palestras alertando sobre o machismo, o racismo, a homofobia, desigualdade social, etc.
Podemos dizer, sem nenhum rastro de dúvida, que não vimos nada disso acontecer.

Houve um chamado para um campeonato de futebol que caiu no esquecimento; nunca ouvimos sequer falar em elaboração de jornal para o Grêmio Estudantil; rádio democrática? Eleita pelos estudantes? O que vimos foi a privatização da sala por acordo do Grêmio com a Jota Haga TV juntamente com a direção da escola; também pouco vimos o Grêmio se envolver nas lutas dos estudantes. Nós do Movimento Voz Juliana construímos e apoiamos diversas ações dos estudantes durante o ano: marcamos presença no 1º Congresso Nacional da ANEL e também participamos da marcha que reuniu mais de 20 mil pessoas em Brasília.
E quanto a criação de um departamento que combatesse as opressões, este não foi criado e pelo que parece, o Grêmio Estudantil deixou de lado o debate ao fechar contrato do Rei e Rainha em uma festa que tem como tema "Beta House! Mansão do Stifler, Parte II", proveniente da trilogia de American Pie.

Como se não bastasse, foi espalhado, pelas paredes da escola, um cartaz de divulgação da festa que mostra entre as letras a figura de uma mulher seminua em uma posição totalmente sexual e, embaixo, a seguinte frase: "Aqui os NERDS não entram!". 

O Movimento de Oposição ao Grêmio, Voz Juliana, tomou a atitude de colar cartazes contra o machismo e o bullying pela escola, chegando a deixar uma faixa na grade da entrada dizendo "Voz Juliana: Aqui só o preconceito não entra!", na expectativa de dialogar com os estudantes e mostrar as atitudes opressoras que vêm sido aplicadas pelo Grêmio Estudantil do Julinho. 

É nesse sentido que o Movimento Voz Juliana está iniciando uma forte organização na escola sobre o debate de  opressões e convoca todos estudantes a se somarem nas próximas ações.
Debater estas questões de fundamental importância é construir a base para que possamos estar, assim, construindo a luta e conquistando espaço para que a voz de cada um seja realmente ouvida.

Esta situação dentro do Julinho não pode continuar assim. Precisamos unir os estudantes no combate às opressões e no resgate da democracia e da luta, que vem sido esquecidas pelo Grêmio Estudantil.



17 de set. de 2011

Grupo do Blog da ANEL-RS no Facebook!

Salve, salve a galera de luta do movimento estudantil! Para fortalecer cada vez mais o blog da ANEL-RS enquanto instrumento de comunicação e organização do movimento estudantil gaúcho, organizamos o grupo "LIVRES e INDIGNADOS" no facebook.

As lutas da juventude que vem crescendo aqui e no mundo vem ocupando grande espaço nas redes sociais e a nossa idéia é explorar ao máximo esses e outros espaços de comunicação da internet, que ainda são democráticos e onde podemos organizar parte de nossas ações. Por isso ousamos e criamos essa iniciativa que, obviamente, ainda vai passar por um periodo de teste e afirmação, mas esperamos que ele seja um sucesso e fortaleça a nossa luta aqui e em qualquer lugar!

Em breve, mais informações!

Link do Grupo ''Livres e Indignados: Blog da ANEL-RS'':

Leia a descrição do grupo no facebook:

dale galera do movimento estudantil livre e indignado!

Nós do BLOG da ANEL-RS criamos essa página com um objetivo bem simples...

Sabemos o papel que a internet vem cumprindo para os movimentos sociais. Na Europa, Mundo Árabe e inclusive aqui no Brasil, como no caso dos 20 mil jovens que derrotaram o aumento das passagem em Teresina-PI.

A internet vem sendo utilizada como ferramenta de organização para as lutas nas RUAS, ESCOLAS e REITORIAS!

Então... a idéia desse grupo não é ser apenas mais um grupo de bate-papo, que lota a nossa caixa de emails... o intuíto é criar um instrumento para que a galera tenha acesso as atualizações do blog e possa divulgar da forma que quiser!

Nosso blog vem se afirmando nos últimos tempos, em 4 meses tivemos mais de 7 mil visualizações!
Queremos colocá-lo a disposição de TODO movimento estudantil, para divulgar suas ações, atividades, textos de opinião... Por isso, o GRUPO pode servir como forma d@s estudantes enviarem os SEUS textos para serem publicados no blog, ou simplismente o cartaz de uma atividade do seu DA, Grêmio Estudantil e diversos movimentos... contribuições individuais, poesias... enfim!

Também é importante que estejamos sempre em contato com a galera do resto do país via o site nacional http://anelonline.org
É uma iniciativa nova, estamos convidando a galera e esperamos que os estudantes LIVRES e INDIGNADOS atendam ao nosso chamado e ajudem a fortalecer um instrumento de comunicação alternativo!

a galera é livre pra sair do grupo, entrar, entrar e sair... enfim, colabora quem estiver com disposição!

mas a idéia é essa, valeu gurizada!


VIVA A JUVENTUDE!
http://anel-rs.blogspot.com/

15 de set. de 2011

Estudantes e professores chilenos preparam novas manifestações

Líderes estudantis e professores chilenos criticaram, nesta quarta-feira (7), a proposta do governo para resolver a crise na educação no país, que há mais de três meses mobiliza milhares de pessoas, paralisa colégios e universidades e afetou a popularidade do presidente Sebastián Piñera.

Eles acham que o governo está tentando ganhar tempo, para negociar algumas concessões, sem dar garantias de educação gratuita e de boa qualidade para todos. Por isso, o Colégio dos Professores (o sindicato que reúne cem mil profissionais de ensino de todo o país) anunciou um novo calendário de protestos que tem como novidade manifestações fora do Chile. Estão previstas manifestações na frente de embaixadas e consulados chilenos em toda a América Latina. Além disso, professores chilenos e argentinos se encontrarão na fronteira entre os dois países, na Cordilheira dos Andes, para um abraço de “solidariedade”.

“A reforma da educação no Chile tem o apoio de 81% dos chilenos e da comunidade internacional”, disse Jaime Gajardo, presidente do Colégio de Professores do Chile. Apesar de o governo ter proposto um plano de negociação, na segunda-feira passada (5), os mestres organizaram protestos para as próximas quatro semanas. O principal evento será um plebiscito, no dia 30 de setembro, para que a população chilena se manifeste sobre a reforma na educação. “É mais uma forma de pressionar o governo, que fez uma proposta de negociação, mas não deu qualquer sinal de que está disposto a fazer as reformas necessárias”, disse Gajardo.

O que está em jogo, segundo ele, é o sistema de educação no Chile – país que desde a ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990) adotou um modelo de economia neoliberal. Todas as universidades, tanto as privadas como as públicas, são pagas. A mensalidade custa em media 200 mil pesos chilenos (mais de R$ 700). Quem não tem condições de pagar pode pedir uma bolsa de estudos (se tiver boas notas) ou crédito a um banco. Mas os juros são altos e os recém-formados iniciam sua carreira profissional com dez anos de dívida para pagar.

Os estudantes e professores também exigem que o governo faça cumprir a lei que proíbe as universidades (mesmo as privadas) de lucrarem com a educação. Mas, segundo o economista Marcel Claude, os empresários encontraram formas de burlar a lei. “O dono de uma universidade muitas vezes é o dono de uma fundação e de imóveis. Com o dinheiro que recebe dos estudantes, aluga um prédio de sua própria companhia e contrata serviços e estudos de suas outras empresas e fundações”, disse Claude, em entrevista à Agencia Brasil. “No papel, a universidade não tem qualquer lucro. Mas o empresário simplesmente passou o dinheiro de uma conta para outra”, completou.

No ensino médio, a situação é outra. Existem escolas privadas e escolas publicas gratuitas, mas elas são financiadas pelos municípios e não pelo governo federal. Mas existem também escolas “mistas”, colégios privados, que cobram mensalidades menores que os totalmente privados, mas recebem subsídios do Estado. Os estudantes e professores dizem que, como o modelo chileno diminuiu de forma significativa o papel do Estado, o governo não tem órgãos para fiscalizar se o dinheiro que entregam às escolas privadas mistas está sendo bem investido. Por isso, querem acabar com esse modelo.

O governo tentou colocar um fim às mobilizações estudantis oferecendo um número maior de bolsas e créditos mais baratos. No sábado passado (3) o presidente Piñera cedeu a uma das reivindicações e recebeu os estudantes e professores no Palácio La Moneda, sede do governo. Dois dias depois, o ministro da Educação fez uma proposta de negociação: criar três grupos de trabalho para negociar todos os temas. O prazo para as negociações vai de 12 de setembro até o final do mês.

“O governo disse que temos três meses para negociar, mas na verdade planejou apenas uma reunião por semana. Ou seja, em três reuniões temos que resolver toda a reforma da educação. Não dá para tratar algo tão profundo tão rapidamente”, disse o líder estudantil Camilo Ballesteros.

Outra crítica à proposta do governo foi em relação à forma de negociar: a discussão começaria pelos temas menos complexos (bolsas de estudo e créditos mais baratos) e só no fim tocaria nos temas mais polêmicos, como o fim do lucro na educação. “Não queremos negociar por partes; queremos negociar um todo. E só queremos negociar se o governo der sinais concretos de que está disposto a fazer mudanças”, declarou Ballesteros.

Para o presidente do Colégio dos Professores, uma forma de demonstrar vontade política, de negociar e começar pelo principal, é definir logo as questões polêmicas. “Antes de sentarmos com o governo para negociar temos que definir: queremos o fim do lucro na educação; queremos o fim do sistema misto? Uma vez resolvido isso, aí podemos decidir o que fazer”, disse Gajardo.

Nesta quinta-feira (8), as lideranças estudantis se reúnem para definir uma contraproposta ao governo e uma mobilização nacional. Mas os protestos deverão ser tímidos. O Chile vive uma semana de luto, primeiro por causa da queda de um avião, na sexta-feira passada, matando 21 pessoas (entre elas Felipe Camioraga, um dos mais conhecidos apresentadores de TV do Chile), e, segundo, por causa da morte do ex-chanceler e ex-senador Gabriel Valdés, na quarta-feira (7). Ele fez parte da resistência chilena à ditadura de Pinochet. Por causa da morte de Valdés, o presidente Sebastián Piñera decretou dois dias de luto oficial no país.


Por Monica Yanakiew

Repórter da EBC
Fonte: Agência Brasil

12 de set. de 2011

VITÓRIA DOS ESTUDANTES: PREFEITO RECUA NO AUMENTO DA TARIFA EM TERESINA-PI!

Você que constrói a ANEL, em qualquer parte deste país, deve se sentir orgulhoso (a). Sua entidade teve papel dirigente na massiva luta estudantil que barrou o aumento das passagens em Teresina. Parabéns galera do Piauí!



Esse parecia ser mais um ano de aumento da passagem, fortalecimento das relações da Prefeitura com os empresários, aumento dos lucros dos empresários do SETUT, sucateamento do transporte público e, principalmente, de ataque aos trabalhadores e estudantes teresinenses.

Mas não foi bem o que isso que essa “Semana dos Indignados” nos mostrou. A realidade é que a juventude e a classe trabalhadora de nossa cidade já não agüentava mais e deu um basta nisso!

Foram vários meses de resistência e diversas audiências na prefeitura organizados pelo Fórum em Defesa do Transporte Público, chamado pela ANEL e CSP-CONLUTAS desde o início de junho quando o Prefeito anunciou o provável aumento da tarifa, mas mesmo assim, o prefeito Elmano Férrer se posicionou ao lado dos empresários do SETUT.

A semana dos indignados resistiu bravamente aos ataques da prefeitura e na quinta-feira, dia 01/09, fez um grande ato 30.000 pessoas parando toda a cidade.

Os estudantes radicalizaram o processo, com a quebra e queima de ônibus. A circulação de ônibus chegou a ser suspensa pelo SETUT, como forma de pressionar o movimento e criminalizá-lo, já que os empresários só estão preocupados com seu patrimônio e não com as necessidades da população.

A luta continua!

Na última sexta-feira, dia 02 de setembro, o Prefeito voltou atrás e teve que suspender o aumento da passagem e terá o prazo de 30 dias para realizar uma auditoria nas planilhas dos transportes.
Além disso, a ANEL e a CSP-CONLUTAS afirmam a necessidade da continuidade nas mobilizações, até a estatização do transporte coletivo e o passe-livre para estudantes e desempregados.



Qualidade na educação e no transporte não pode esperar!
A luta dos estudantes e trabalhadores pela redução da passagem mostra que só com mobilização e organização conseguimos nossos direitos!

Essa dificuldade de acesso ao transporte é um grande entrave para os estudantes terem acesso à educação. É fácil perceber que transporte e educação não são prioridades de nenhum governo, a presidente Dilma é o grande exemplo disso, foi eleita prometendo ter a educação como prioridade; mas, já no início do ano apresentou um corte de verbas nas áreas sociais, foram 50 bilhões de reais, dos quais 3,1 bilhões foram na educação. Além disso, continua a investir menos de 5% do PIB em educação e fazendo promessas de até 2020 aumentar esse investimento para 7%, segundo o Novo Plano Nacional de Educação.
Por isso, a ANEL também levanta a bandeira dos 10% do PIB para a educação pública já! e faz o chamado aos estudantes a construir essa campanha nas nossas escolas e universidades.
- Pelo cumprimento da auditoria nas planilhas do SETUT!

- Passe Livre já para estudantes e desempregados!

- Pela criação imediata de uma Empresa Pública Municipal!

- 10% do PIB para a educação já! Contra o PNE do Governo!

8 de set. de 2011

Os estudantes da UFRGS e o DCE perguntam: CADÊ O SUCO DO RU?

         E as perguntas não param por aí. Queremos saber: por que vegetarianos têm tão poucas opções no RU? Por que a reitoria acha que os estudantes não comem aos fins de semana e nas férias? Por que não é estimulado o uso de canecas?

         A indignação de todos é muito grande. Há três meses não temos suco no RU, devido a um problema na licitação do serviço. A questão é que esse problema, que parece tão pequeno, nos traz todos esses outros questionamentos. Por isso, fizemos e estamos construindo um grande abaixo-assinado, com todas essas pautas, para entregar para o Reitor. E hoje, nós da ANEL estivemos com o DCE no RU do Campus do Vale e do Centro conversando com estudantes que mostraram que essas mesmas dúvidas pairam sobre eles, toda vez que têm de fazer uma refeição no Restaurante Universitário. Distribuindo sucos e panfletos, pudemos perceber que essa pauta incomoda a maioria dos estudantes, e muito se propuseram a construir essa campanha com a gente.

       Mas as questões não param por aí. Fomos abordados por muitos estudantes que traziam outras questões importantes. Afinal, por que temos comida de tão baixa qualidade? Por que as filas continuam tão grandes? Por que o serviço do RU é terceirizado, explorando tanta mão-de-obra barata que não tem direito nenhum? Por que a estrutura da universidade, em geral, não é prioridade da reitoria?
       E, assim, junto aos estudantes, pudemos perceber que a questão do suco é parte de um problema muito maior, que temos nos questionado diariamente, ao observar de perto o funcionamento da universidade. Por que o investimento na educação não é prioridade do governo Dilma? Por que não investir 10% do PIB na educação agora? É isso, no fundo, o que os estudantes querem saber.

7 de set. de 2011

Calouradas UFRGS 2011-2

        O segundo semestre de 2011 chegou e, com ele, novos estudantes chegaram à Universidade. Jovens e adultos de diferentes idades, ideias e sonhos chegam às salas de aula no Ensino Superior. Na grande maioria das vezes, chegam sem muito conhecimento sobre a realidade da universidade brasileira. E é nosso papel, nos DCEs, CAs, DAs e coletivos, alertar sobre a situação atual da educação no sistema em que vivemos e tudo aquilo que afeta a vida do estudante, mesmo que, de início, esse não perceba.
        Aqui na UFRGS, nós da ANEL, junto ao DCE, realizamos as Calouradas, que foi uma importante semana de debates visando conscientizar e discutir assuntos de extrema importância para bixos e veteranos.

          Um desses assuntos debatidos foram os ataques nazistas proferidos por um estudante de História da Universidade. Durante o debate, os estudantes, técnicos, professores e representantes de movimentos sociais puderam manifestar seu repúdio quanto a esse tipo de mentalidade que ainda existe na nossa sociedade. Mais do que isso, foram pensadas medidas para que as opressões sejam punidas e prevenidas dentro da Universidade. Certamente, debates como esse fazem parte da construção de uma nova mentalidade quanto ao racismo, o machismo e a homofobia.

      Outra mesa de debates importante foi a mesa 10% do PIB para a educação pública já! em que representantes de diversos coletivos discutiram a campanha nacional que leva esse nome, e que visa exigir e conquistar da Presidenta Dilma maior investimento no setor da educação. Esteve na mesa nossa representante Clara Saraiva, que atentou para as lutas da juventude no mundo todo, e, sobretudo o reflexo dessas grandes mobilizações no Brasil: as ocupações das reitorias, as greves dos servidores e professores, as manifestações contra Ricardo Teixeira, e contra as tarifas dos ônibus. Além disso, os estudantes presentes puderam relatar a situação de estrutura em seus cursos. A partir de todo o debate, ficou evidente que essa luta é uma luta de todos e precisa ser levada a diante, cada vez com mais força!

       E não é à toa que, na nossa mesa, discutimos a necessidade de técnicos, professores, estudantes e trabalhadores em geral estarem juntos nessa luta. Como no Chile, em que a luta da juventude é a luta de todos os trabalhadores, aqui, na UFRGS, demonstramos que a luta dos técnicos é a nossa luta. Durante a semana das calouradas, estivemos na ocupação da reitoria dos técnicos administrativos da Universidade, que, graças à sua repercussão, conquistou, depois de dois meses de greve, a reabertura das negociações.

        E a semana das Calouradas foi encerrada com chave de ouro: na festa promovida pelo DCE, contamos com a presença de Tonho Crocco, que deu exemplo para toda a juventude, nos últimos meses, denunciando com sua música a corrupção do sistema em que vivemos. Os estudantes que apoiaram a sua iniciativa e lutaram para que ele não punido pela censura corrupta da assembleia, puderam apreciar o show do artista nessa grande festa. Mais do que isso, ele se mostrou mais uma vez porta-voz do desejo dos indignados, entrando no palco com uma grande frase entusiasmada: QUEREMOS 10% DO PIB AGORA!

1 de set. de 2011

Sou TORCEDOR, sou LIVRE, sou da FRENTE NACIONAL: ANEL e FNT juntos por uma copa do Povo!

Confira abaixo a carta lida pela Frente Nacional dos Torcedores (FNT) na mesa de abertura da V Assembléia Nacional da ANEL:

(Fotos do ato do dia 05/08 em Porto Alegre)

A frente nacional dos torcedores luta por um futebol justo, democrático e popular; e principalmente pela preservação do espírito do torcedor de arquibancada, que tem seus direitos supra violados no dias atuais, nos quais, é tratado como um simples consumidor do mercado capitalista, do denominado futebol-moderno, para de fácil entendimento, futebol – negocio.

A FNT, em seu quadro social, é composta por 100% de legítimos torcedores de arquibancada, logo então, sua filosofia de luta é em prol do direito do torcedor, de se expressar como um torcedor em sua mais natural essência, a cultura torcedora existente de fato no Brasil, a cultura popular de arquibancada.

Mas, infelizmente, Essa cultura torcedora segue a passos largos rumo à beira do precipício. Como se estivesse seguindo o cortejo de uma marcha fúnebre, o espírito do torcedor é cruelmente aniquilado aos pouco, por forças de interesses escusos do futebol moderno. E devido ao câncer chamado futebol moderno, fatos claros vem se tornando realidade cada vez mais no já fragilizado futebol brasileiro, e são eles os seguintes fatos, os pilares do futebol moderno:

I – A elitização da arte popular de arquibancada;
II- A “venda” dos estádios públicos, e a improbidade administrativa nas reformas e construções de estádios;
III- A diminuição da capacidade dos estádios;
IV- A extinção dos setores populares dos estádios;
V- Ingressos caros e inacessíveis às camadas populares;
VI- Ausência de transparência na organização do futebol brasileiro;
VII- Ausência de participação do torcedor nas decisões político-administrativas do futebol brasileiro;
VIII- A exploração politico-partidária do futebol, no sentido nefasto politiqueiro eleitoral;
IX- O monopólio das transmissões de jogos;
X- Os horários absurdos dos jogos na perspectiva de jogo- “sobremesa de novela”;
XI- A retirada, exclusão social, de comunidades carentes em nome de mega eventos esportivos;
XII- Excesso e abuso de autoridades policiais em eventos esportivos;
XIII- Inexistência de esquema especial de transporte público digno em dias de futebol;
XIV- A “Lei Seca” nos estádios;
XV- A vedação, sem nenhuma fundamentação, de materiais para a festa nas arquibancadas( instrumentos musicais, bandeiras, etc.);
XVI- A criminalização dos sinalizadores e fumaças, afinal, pirotecnia não pode ser crime;
XVII – A corrupção em qualquer ambiente socio-esportivo;

A FNT não tem ligações com outros movimentos de torcedores que surgem apenas para maquiar ações ilícitas de políticos ou de entidades partidárias, como podemos citar a CONATORG, que tem ligações fortes com o ministro Orlando silva e é financiada pela CUT. A CONATORG em nada demonstra ser uma entidade que condiz comprometer com as causas dos torcedores, é definitivamente uma pratica de empreguismo fajuto e uma forma de abafar demais movimentos sérios que realmente tem intenção de lutar para mudar parte da sociedade. É uma flagrante cooptação do ministério dos esportes, o tal Orlando Silva que fez carreira naquela entidade estudantil pelega. Eles fizeram uma UNE pelega, e agora estão cooptando as diretorias das Torcidas Organizadas para fazer deles novos pelegos assalariados em cargos comissonados da estranha Comissão Nacional de Torcidas Organizadas.

A Frente nacional dos Torcedores pode até dialogar com as diretorias das torcidas, mas, tem sua representação e sua comunicabilidade direta pela BASE. Nosso trabalho, nossa luta, nossa conversa é direto na base! E, a base das torcidas está radicalizada, está de saco cheio do Orlando Silva, da política nefasta de elitização do futebol, e do maldito senhor Ricardo Teixeira.

A base está com a gente na luta. A base não ganha dinheiro, a base quer lutar, e a Frente está lutando…

A FNT demonstra que o torcedor pode ser conscientemente politizado e arma fundamental para as demais lutas contra as elites da política brasileira. A FNT também saúda aos companheiros da ANEL, por entender que a mesma caminha em sentido semelhante ao da FNT, com relação a má gestão política praticada no país. Assim a FNT resolve caminhar junto com a ANEL pela valorização de uma educação pública gratuita e de qualidade.

E seguindo a lógica, a FNT convida aos companheiros da ANEL, para juntar-se conosco em nossa linha frente nos protestos contra o nefasto RICARDO TEIXEIRA, o ditador do futebol nacional
A retirada desse verme do controle da entidade CBF, que perdura por mais de 20 anos, é vital para que demais setores da política Brasileira sejam contestados em casos semelhantes ao de RICARDO TEIXEIRA.

A próxima ação é de âmbito nacional, marchas FORA RICARDO TEIXEIRA nas principais capitais do Brasil no Dia 1° de outubro (sábado) às 10hs. E, em São Paulo, domingo 2 de outubro às 11hs.

Esperamos contar com a força dos companheiros da ANEL para estes eventos. Vamos botar ônibus juntos, vamos marchar juntos por uma copa com justiça social, por um futebol livre sem Ricardo Teixeira. Por uma agência nacional reguladora do futebol, a ANAfut, projeto de lei que será em breve levado por nós ao congresso nacional.

A Frente nacional dos Torcedores ressalta, por fim, que não é só de educação, salário digno, comida, saúde e segurança vive o homem, mas, também de cultura e lazer. E, o futebol é lazer do trabalhador. O Futebol é do povo.

EU TAMBÉM NÃO SOU PELEGO DO GOVERNO FEDERAL, SOU TORCEDOR, SOU LIVRE, SOU DA FRENTE NACIONAL…