"E se os desafios sao grandes, que venham, porque a nossa entidade é capaz de lutar, é capaz de sacudir as escolas e universidades de todo o país!
E nesse congresso vai fazer: vai preparar a juventude brasileira pra derrotar o PNE, exigir 10% do PIB pra educação, acabar com qualquer tipo de opressão e dizer pra juventude árabe e pra juventude da europa que nós estamos com eles, e que juntos a juventude vai mudar os rumos desse mundo!"
Esse cordel foi feito especialmente para o Congresso da ANEL e apresentado do Painel de Cultura e Mídia independente pelo cordelista e militante Nando Poeta.
Tendo em vista a realização, no Campus Seropédica, de evento nacional de grande porte – Congresso da ANEL, que será necessária a ocupação de vários espaços acadêmicos para a realização das atividades programadas, bem como para alojamento dos estudantes, a Reitoria da UFRRJ, resolve (‘Ad referendum’ do CEPE) suspender as atividades no dia 24/6 (sexta-feira), resguardadas aquelas consideradas prioritárias e/ou emergenciais, a critério de cada Dirigente de unidade acadêmica ou administrativa.
Hoje as 22h sairão os 3 ônibus da delegação gaúcha pra o 1º Congresso da ANEL. A concentração e saída dos ônibus ocorrerá no largo, Zumbi dos Palmares. localizado na esquina da Loureiro da Silva (1ª perimetral) com José do Patrocínio.
O mais novo lançamento daEditora Sundermann discutirá a relação entre direito e sociedade, a partir de uma perspectiva marxista.
O livro “Sociedade de Classe, Direito de Classe: Uma perspectiva marxista e atual”de Juary Chagas foi fortemente inspirado nos trabalhos teóricos de Piotr Stuchka e Eugeny Pachukanis, os militantes bolcheviques responsáveis pelas elaborações jurídicas dos primeiros anos do estado revolucionário soviético.
Juary retomada em seu livro este importante debate sobre qual é o real caráter do direito na sociedade burguesa, e como os socialistas revolucionários devem atuar no direito burguês.
O livro será lançado noCongresso da ANEL, no dia 25 de junho,com palestra do autor e convidados.
Sem dúvida nenhuma, as estudantes Danielle Barroso, Bárbara Teixeira, Gabriele Lopes e Amanda Pinto da Universidade Federal do Oeste do Pará serão as participantes do I Congresso da Anel que mais tempo passarão viajando para participar do evento que marca o novo movimento estudantil brasileiro.
O quarterto de mulheres militantes corojasas saiu de Santarém na última sexta-feira, 17 de junho num barco motor rumo à Belém. Chegaram na capital paraense neste domingo e hoje, segunda-feira, bem cedinho, entraram no ônibus que só chegará na Rural do Rio entre a quarta e a quinta-feira.
Sábado, dia 18 de junho, ocorreu no sindicaixa o pré-congresso da ANEL RS. Esse espaço visava preparar os delegados para os debates que ocorrerão no 1º Congresso da ANEL. O pré-congresso foi um sucesso, contando com cerca de 100 pessoas, que puderam debater temas como Educação, Conjuntura, Opresões e Concepção de Entidade.
A reunião também serviu para preparar o pessoal para a viagem até o Rio de Janeiro, já que foram vistos os últimos detalhes. Já são 3 ônibus de delegad@s que estarão indo para a UFRRJ. Agora já foi dada a largada para o 1º Congresso da ANEL.
Delegad@s na estrada: nesse momento, dezenas de estudantes já se deslocam para o 1º Congresso da ANEL. Os estudantes do Amapá iniciaram sua viagem ontem, tendo pela frente 2 dias de barco e mais 3 dias de ônibus.
A nossa viagem inicia terça-feira à noite. Vamos construir um grande congresso!
No sábado dia 18 de junho ocorreu em Porto Alegre a Marcha da Liberdade, a marcha contou com cerca de 200 pessoas. Foram muitas as pautas que as pessoas levaram para a marcha, tinham cartazes pela legalização das drogas, contra a usina de Belo Monte, pela liberdade de expressão e nós da ANEL não ficamos de fora, levamos nosso apoio aos estudantes da PUCRS e nossa campanha contra homofobia pela PL 122. A marcha que iniciou no parque da redenção se encerrou em frente a prefeitura com falas das diversas entidades que estavam na marcha e foi uma importante demonstração de liberdade de expressão.
Ontem foi mais um dia de protestos, o número de pessoas no movimento só aumenta!!! Se antes o DCE e a reitoria já se viam pressionados, ontem durante o ato com mais de 600 pessoas colocamos a reitoria e o DCE na parede. Temos que sempre ter em mente que a reitoria sempre teve boas relações com o DCE, sempre o apoiou durante todos esses tempo de ditadura. Também vale lembrar as diversas tentativas de desmobilização por parte da reitoria, até processar estudantes eles fizeram. Não será em uma mesa redonda que o DCE cairá, sim, ele cairá, está perto disso, mas ela cairá com a força da mobilização dos estudantes, com esses mais de 600 estudantes que não agüentam mais não ter direito de voz dentro da universidade, número este que tenho certeza que dobrará nos próximos passos do movimento.
Relato de Daniel Barreto estudante de direito e militante da ANEL sobre o ATO de Quinta-feira.
Os trabalhadores por todo país estão na luta por melhores condições de trabalho, reajustes salariais, assim como também estão contra as novas reformas da previdência que só prejudica o trabalhador.
Com o passar do tempo o sistema de precarização do trabalho vai se acentuando a cada dia, de modo que na esfera pública os concursos e cargos estão cada vez mais instintos, ou seja, hoje nas Universidades temos um número expressivo, de Professores substitutos, terceirizados e Bolsistas. Hoje a Universidade tem mantido vários setores com o trabalho de estudantes-bolsistas.
As bolsas que deveriam ser para o estudante poder pesquisar, fazer projetos de extensão, estão voltadas para funções administrativas, de modo que o estudante acaba por trabalhar como um técnico, receber muito menos, não tem direito a nada, e ainda sofre diariamente assédio moral de variados tipos.
Nós da ANEL repudiamos a forma como tratam os estudantes que precisam das bolsas para se manter, e mais repudiamos a atitude das Direções e da Reitoria que mantém estudantes para fazer o serviço dos técnicos, que estão em greve na luta contra congelamento de salários durante 10 anos, por reajustes salariais e por concursos públicos para os cargos que hoje são ocupados por terceirizados e Bolsistas.
Concursos público para técnicos e servidores imediato!
Pelo fim das bolsas administrativas, por mais bolsas de iniciação cientifica, extensão e ensino!
Por mais respeito aos estudantes bolsistas, CHEGA de assédio moral!
Hoje estudantes da ANEL e do DCE da UFRGS fizeram uma panfletagem em apoio aos servidores em greve na UFRGS. Os servidores estão paralisados exigindo melhores condições de trabalho e reposição salarial. Nós estudantes da ANEL estamos junto nessa luta pois, somente com respeito e valorização a categoria dos servidores poderemos ter uma educação pública e de qualidade. Somos contra a terceirização e fazemos um chamado ao nossos colegas com bolsa administrativa a também paralisarem. Já são mais de 37 universidades paradas, o governo não indica nenhuma reposiçao a categoria. As mobilizações não vão parar e convovamos a tod@s estudantes a fazerem parte dessa luta.
Repasse realizado pelos estudantes da ANEL na PUCRS: Daniel (direito), Roberta e Taili (serviço social)
Ontem foi mais um dia de intensas mobilizações da PUCRS. Às 18:30 foi feito um ato contra a opressão machista na PUCRS e pela punição dos agressores. Logo após, às 19:30, mais de 200 estudantes se dirigiram ao prédio 40 para acompanhar a reunião que ocorreria lá. Ainda na terça-feira havia sido garantida uma reunião da reitoria, junto a representação dos estudantes e alguns parlamentares para conquistar uma DCE democrático. A reitoria da PUCRS tentou de todas as formas desmobilizar: primeiro transferiu a reunião do prédio da reitoria, que fica no meio do campus, para o prédio 40, que fica escondido; depois tentou evitar que alguns parlamentares e advogados entrassem na reunião. A reunião só iniciou após as 21:30 e a reunião deu passos importante para poder ter eleições por urnas eletrônicas na PUCRS.
Ontem durante a concentração foram feitas dezenas de falas em apoio as lutas dos estudantes da PUCRS. Entre elas, falou o companheiro Daniel do Direito da PUCRS, a companheira Carine pelo D.A de pedagogia da UFRGS e a Ludimila pela ANEL-RS.
Apesar das tentativas da reitoria, o movimento continua grande, hoje está previsto um grande ato para as 19h. Nós da ANEL continuamos mobilizados! Já foram distribuídos 500 adesivos exigindo a saída da Máfia do DCE. Lutamos por punição aos agressores e novas eleições para o Diretório Central de Estudantes. Convocamos a todas as entidades e estudantes a estarem mobilizados hoje.
9H – 11H: MESA DE ABERTURA
Mediação: CEN, DCE UFRGS, DCE UFPA, DCE UFRJ, DCE UFRRJ, DCE UNESP.
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES
Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras – FASUBRA
Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica- SINASEFE
Sindicato da Indústria da Construção Civil do Pará
Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos
Representante do Movimento dos Bombeiros/RJ
11H – 12H: Leitura e aprovação do Regimento Interno do Congresso
12H-14H: ALMOÇO
14H-18H: Grupos de Discussão sobre Educação
18H – 20H: JANTAR
20-22H: PALESTRA SOBRE EDUCAÇÃO “Balanço das políticas educacionais e perspectivas para a Educação Brasileira”
Mediação: DA FAFIL FSA, DCE UNIFAP e DCE UFOPA.
Profª. Amanda Gurgel (Rede Estadual RN)
Prof. Valério Arcáry (CEFET/SP)
Prof. Nicolas Davies (UFF)
Prof. Otaviano Helene (USP)
22h : Atividades Culturais
24/JUN- SEXTA
7h- 9h : Café da Manhã
9h-12h: MESA INTERNACIONAL
Mediação: CACIS/UFBA e DCE UECE
Ativista Espanhol
Ativista Palestino (à confirmar)
Ativista Egípcio (à confirmar)
CSP-Conlutas
Clara Saraiva – Enviada da ANEL ao Egito
12h-14h : Almoço
14h-18h: Grupos de Discussão: ANEL: Concepção de Entidade e Trabalho de Base
18h – 20h: Jantar
20h: Festival Livre! Shows, oficinas culturais e DJ.
25/JUN – SÁBADO
7H – 9H : Café da Manhã
9h – 12h: Grupos de Discussão: ANEL contra toda a forma de Opressão
12h – 14h: Almoço
14h – 18h: Painéis Temáticos
1. Cultura e Mídia Independente
Mediação: CALET/UFPB
Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação – ENECOS
Gustavo Speridião – Artista
Prof. Wilson Silva – UNIBAN
Centro do Teatro do Oprimido
Caravana do Cordel
Cia Crônica de Teatro
2. Meio Ambiente
Mediação: DCE UEM
ASSIBAMA
Prof. Ruy Moreira – UFF
Prof. Dennis Ometo
COISA/MG
Thame Gomes- Mestranda de Biologia na UFBA
3. Transportes
Mediação: CA PSICO/USP e Grêmio CTU/JF
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários de São Paulo
Movimento Pelo Passe Livre – MPL
Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará
Grêmio do Rio de Janeiro
4. Violência e Legalização das Drogas
Mediação: CAELL/USP
Prof. João Claúdio – UFRRJ
Prof. Henrique Carneiro – USP
Prof. Miguel Malheiros – CSP -Conlutas/RJ
Movimento Terra Trabalho e Liberdade – MTL
5. Criminalização dos Movimentos Sociais
Mediação: DCE UFRJ
Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo – SINTUSP
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST
Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB
Thiago “Tibita” – Preso Político no ato contra a presença de Obama no Brasil
6. Questão Agrária
Mediação: DCE UFRA
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST
Movimento Terra Trabalho e Liberdade – MTL
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil – FEAB
7. Esportes
Mediação: DCE UFRGS
Centro Acadêmico de Educação Física – UFG
Daniel Oliveira – Setorial de Movimento Popular/RJ
Pedro Silveira – CEN ANEL
8. Saúde
Mediação: DA ICB
Movimento Antimanicomial
Fernando Gullar – Conselheiro de Saúde/RJ
Setorial de Saúde da CSP Conlutas
18h-20h – Jantar
20h – Festa Junina: Ato lúdico em defesa do casamento gay e da Pl 122 de criminalização da homofobia com um casamento de lésbicas numa quadrilha junina.
26/JUN – DOMINGO
7h-9h – Café da Manhã
9h-12h – Plenária Final do Congresso
Mediação: CEN
12h-14h – Almoço
14h-17h – Plenária Final do Congresso
Mediação: CEN
Retorno das delegações… e o nosso Congresso chega ao fim!
Hoje cerca de 600 estudantes se reuniram na PUCRS para protestar contra a máfia do DCE, e fecharam a Av. Ipiranga por cerca de 30 minutos. A manifestação percorreu o campus aos som das palavras de ordem: "DCE, que papelão! Bate em mulher e frauda eleição!"
Cada vez mais estudantes se somam a essa luta que começou com o impedimento das chapas de oposição de se inscreverem no CONUNE, e culminou com a agressão de duas estudantes por parte de integrantes do DCE, ontem à noite. Mas essas atitudes são apenas amostras do que os estudantes da PUCRS vêm sofrendo há mais de 20 anos sem eleições democráticas para a gestão do diretório.
É hora de dizer CHEGA! Os estudantes reunidos hoje mostraram que o movimento não cessará até que haja democracia de fato na Universidade e que os mafiosos do DCE sejam punidos pela corrupção e pelas agressões cometidas ao longo de todos esses anos.
Esse ato vitorioso de hoje, que conseguiu reunir centenas de estudantes, é apenas o começo de uma luta que certamente alcançará a vitória com a mobilização e a organização do movimento estudantil, que exige DEMOCRACIA JÁ na PUCRS!
Nós da ANEL nos somamos nesse movimento, reunindo estudantes da PUCRS mas também de diversas Universidades e Escolas, pois só com unidade na luta poderemos dizer BASTA a essa ditadura do DCE.
Acreditamos que é possível construir nas lutas um novo movimento estudantil!
POR UM MOVIMENTO ESTUDANTIL LIVRE! DERRUBAR A MÁFIA DA PUC!
Desde a semana passada o Movimento Estudantil gaúcho, em especial os estudantes da PUC, vem protagonizando uma grande onda de mobilizações contra a Máfia ligada ao PDT, que há tempos se apoderou do DCE da Universidade. O estopim das mobilizações foi a falta de democracia nas eleições do CONUNE, que estavam ocorrendo na semana passada, mas logo o movimento se expandiu a todos setores estudantis da Universidade e passou a questionar de frente a legitimidade da atual gestão do DCE e exigir eleições democráticas.A Máfia da PUC comanda a entidade a mãos de ferros, não realizando eleições abertas e democráticas e muito menos, prestação de contas, há mais de 20 anos.
Na noite de ontem, novamente durante as eleições para o CONUNE, eles passaram de todos os limites: agrediram estudantes, abusaram sexualmente de ativistas do movimento e como sempre, impediram o direito de auto-organização estudantil.Felizmente, a revolta dos estudantes cresceu de acordo com a brutalidade dos fatos e rapidamente se iniciaram as manifestações de repúdio, organizadas principalmente pelo Movimento 89 de Junho, que reuniu na noite de ontem mais de 300 pessoas. Esse movimento foi recentemente criado com o intuito de unificartod@sestudantes que repudiam as práticas corruptas, violentas e anti-democráticas do DCE e é composto por diversos coletivos, entidades e independentes; seu nome faz referência as datas iniciais das mobilizações (8 e 9/06).
NA PUC, O NOVO PEDE PASSAGEM!
Na manhã de hoje o caso chegou a imprensa e inclusive foi pauta na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, conquistando o apoio de alguns parlamentares. Hoje o movimento prepara, para o início da noite, um grande ato para exigir punição aos agressores machistas e democracia na PUC, a forte adesão aos protestos tem mostrado que o novo pede passagem. Assim como os estudantes espanhóis que acamparam nas Praças para exigir a real democracia, os estudantes da PUC estão mantendo suas barracas em frente ao DCE. E como a juventude egípcia que derrubou a ditadura de Mubarak e logo fundou DCEs Livres em massa nas Universidades, é hora tomarmos para nós a grande batalha de afirmar na PUC um novo movimento estudantil: LIVRE, democrático e combativo.
A unidade é fundamental, e nesse momento em que a situação se acirra é preciso cortar qualquer tipo de relação com a Máfia da PUC. Nesse sentido chamamos a UNE a romper e deslegitmar essa entidade, que não representa de maneira alguma os interesses dos estudantes. Por anos a UNE se calou diante da situação dos estudantes da PUCe nunca seus fóruns encaminharam qualquer tipo de ação contrária as políticas dessa entidade, pois infelizmente as práticas organizadas pela Máfia da PUC são semelhantes as organizadas pela direção majoritária da UNE(UJS/PCdoB), que coordena a mãos de ferro a entidade, também, ha mais de 20 anos e mantem pessoas ligadas a corrente política do DCE (PDT) na diretoria central da entidade. Convidamos também, todos estudantes que hoje se manifestam pela construção de movimento estudantil livre a conhecerem e participar do 1° Congresso da ANEL, aberto a todos estudantes, independente e a serviço das mobilizações da Juventude!
ABAIXO DCE QUE BATE EM MULHER!
Nós da ANEL apoiamos e estamos junto na luta dos estudantes da PUC, repudiamos qualquer tipo de agressão principalmente de cunho machista que vem acontecendo repetitivamente nos últimos 20 anos. Reivindicamos a atitude das companheiras mulheres que são linha de frente das mobilizações, assim como no oito de maio Egípcio que colocou na rua milhares de lutadoras que após a queda do ditador clamavam por liberdade. Defendemos novas eleições para o DCE da PUC assim como punição exemplar aos agressores machistas!
Nós da ANEL RS damos total apoio aos servidores da UFRGS, UFSM, UFCSPA e FURG que estão realizando paralisações e manifestações nessas últimas semanas. A luta dos servidores por melhores salários e condições de trabalho é a luta de tod@s estudantes que defendem uma universidade realmente pública e de qualidade. O Governo Dilma se nega a negociar com os grevistas, mostrando que para o atual governo os servidores e a educação ficam em segundo plano. Chamamos a tod@s nossos colegas que são bolsista administrativos que se integrem as paralisações e mobilizações. Somos contra a terceirização nas universidades públicas e defendemos o livre direito de greve!
Força na Luta e Saudações Estudantis.
ANEL - RS ( Assembléia Nacional de Estudantes - Livre)
Greve ao redor do País
Subiu para 34 as universidades federais cujos técnico-administrativos paralisaram as atividade em função da greve organizada em todo o país pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras – FASUBRA. Veja quem já aderiu:
Historiador, professor do Cefet/SP e membro do conselho editorial da revista Outubro
Qualquer avaliação honesta da situação das redes de ensino público estadual e municipal revela que a educação contemporânea no Brasil, infelizmente, não é satisfatória. Mesmo procurando encarar a situação dramática com a máxima sobriedade, é incontornável verificar que o quadro é desolador. A escolaridade média da população com 15 anos ou mais permanece inferior a oito anos, e é de quatro entre os 20% mais pobres, porém, é superior a dez entre os 20% mais ricos1. É verdade que o Brasil em 1980 era um país culturalmente primitivo que recém completava a transição histórica de uma sociedade rural. Mas, ainda assim, em trinta anos avançamos apenas três anos na escolaridade média.
São muitos, felizmente, os indicadores disponíveis para aferir a realidade educacional. Reconhecer as dificuldades tais como elas são é um primeiro passo para poder ter um diagnóstico aproximativo. A Unesco, por exemplo, realiza uma pesquisa que enfoca as habilidades dominadas pelos alunos de 15 anos, o que corresponde aos oitos anos do ensino fundamental2. O Pisa (Programa Internacional de avaliação de Estudantes) é um projeto de avaliação comparada. As informações são oficiais porque são os governos que devem oferecer os dados. A pesquisa considera os países membros da OCDE além da Argentina, Colômbia e Uruguai, entre outros, somando 57 países.
Em uma avaliação realizada em 2006, considerando as áreas de Leitura, Matemática e Ciências o Brasil apresentou desempenho muito abaixo da média3. No caso de Ciências, o Brasil teve mais de 40% dos estudantes situados no nível mais baixo de desempenho. Em Matemática, a posição do Brasil foi muito desfavorável, equiparando-se à da Colômbia e sendo melhor apenas que a da Tunísia ou Quirguistão. Em leitura, 40% dos estudantes avaliados no Brasil, assim como na Indonésia, México e Tailândia, mostram níveis de letramento equivalentes aos alunos que se encontram no meio da educação primária nos países da OCDE. Ficamos entre os dez países com pior desempenho.
As razões identificadas para esta crise são variadas. É verdade que problemas complexos têm muitas determinações. Entre os muitos processos que explicam a decadência do ensino público, um dos mais significativos, senão o mais devastador, foi a queda do salário médio docente a partir, sobretudo, dos anos oitenta. Tão grande foi a queda do salário dos professores que, em 2008, como medida de emergência, foi criado um piso nacional. Os professores das escolas públicas passaram a ter a garantia de não ganhar abaixo de R$ 950,00, somados aí o vencimento básico (salário) e as gratificações e vantagens. Se considerarmos como referência o rendimento médio real dos trabalhadores, apurado em dezembro de 2010 o valor foi de R$ 1.515,104. Em outras palavras, o piso nacional é inferior, apesar da exigência mínima de uma escolaridade que precisa ser o dobro da escolaridade média nacional.
Já o salário médio nacional dos professores iniciantes na carreira com licenciatura plena e jornada de 40 horas semanais, incluindo as gratificações, antes dos descontos, foi R$1.777,66 nas redes estaduais de ensino no início de 2010, segundo o Ministério da Educação. Importante considerar que o ensino primário foi municipalizado e incontáveis prefeituras remuneram muito menos. O melhor salário foi o do Distrito Federal, R$3.227,87. O do Rio Grande do Sul foi o quinto pior, R$1.269,565. Pior que o Rio Grande do Sul estão somente a Paraíba com R$ 1.243,09, o Rio Grande do Norte com R$ 1.157,33, Goiás com R$ 1.084,00, e o lanterninha Pernambuco com R$ 1016,00. A pior média salarial do país corresponde, surpreendentemente, à região sul: R$ 1.477,28. No Nordeste era de R$ 1.560,73. No centro-oeste de R$ 2.235,59. No norte de R$ 2.109,68. No sudeste de R$ 1.697,41.
A média nacional estabelece o salário docente das redes estaduais em três salários mínimos e meio para contrato de 40 horas. Trinta anos atrás, ainda era possível ingressar na carreira em alguns Estados com salário equivalente a dez salários mínimos. Se fizermos comparações com os salários docentes de países em estágio de desenvolvimento equivalente ao brasileiro as conclusões serão igualmente escandalosas. Quando examinados os salários dos professores do ensino médio, em estudo da Unesco, sobre 31 países, há somente sete que pagam salários mais baixos do que o Brasil, em um total de 386. Não deveria, portanto, surpreender ninguém que os professores se vejam obrigados a cumprir jornadas de trabalho esmagadoras, e que a overdose de trabalho comprometa o ensino e destrua a sua saúde.
O que é a degradação social de uma categoria? Na história do capitalismo, várias categorias passaram em diferentes momentos por elevação do seu estatuto profissional ou por destruição. Houve uma época no Brasil em que os “reis” da classe operária eram os ferramenteiros: nada tinha maior dignidade, porque eram aqueles que dominavam plenamente o trabalho no metal, conseguiam manipular as ferramentas mais complexas e consertar as máquinas. Séculos antes, na Europa, foram os marceneiros, os tapeceiros e na maioria das sociedades os mineiros foram bem pagos. Houve períodos históricos na Inglaterra – porque a aristocracia era pomposa - em que os alfaiates foram excepcionalmente bem remunerados. Na França, segundo alguns historiadores, os cozinheiros. Houve fases do capitalismo em que o estatuto do trabalho manual, associada a certas profissões, foi maior ou menor.
A carreira docente mergulhou nos últimos vinte e cinco anos numa profunda ruína. Há, com razão, um ressentimento social mais do que justo entre os professores. A escola pública entrou em decadência e a profissão foi, economicamente, desmoralizada, e socialmente desqualificada, inclusive, diante dos estudantes.
Os professores foram desqualificados diante da sociedade. O sindicalismo dos professores, uma das categorias mais organizadas e combativas, foi construído como resistência a essa destruição das condições materiais de vida. Reduzidos às condições de penúria, os professores se sentem vexados. Este processo foi uma das expressões da crise crônica do capitalismo. Depois do esgotamento da ditadura, simultaneamente à construção do regime democrático liberal, o capitalismo brasileiro parou de crescer, mergulhou numa longa estagnação. O Estado passou a ser, em primeiríssimo lugar, um instrumento para a acumulação de capital rentista. Isso significa que os serviços públicos foram completamente desqualificados.
Dentro dos serviços públicos, contudo, há diferenças de grau. As proporções têm importância: a segurança pública está ameaçada e a justiça continua muito lenta e inacessível, mas o Estado não deixou de construir mais e mais presídios, nem os salários do judiciário se desvalorizaram como os da educação; a saúde pública está em crise, mas isso não impediu que programas importantes, e relativamente caros, como variadas campanhas de vacinação, ou até a distribuição do coquetel para os soropositivos de HIV, fossem preservados. Entre todos os serviços, o mais vulnerável foi a educação, porque a sua privatização foi devastadora. Isso levou os professores a procurarem mecanismos de luta individual e coletiva para sobreviverem.
Há formas mais organizadas de resistência, como as greves, e formas mais atomizadas, como a abstenção ao trabalho. Não é um exagero dizer que o movimento sindical dos professores ensaiou quase todos os tipos de greves possíveis. Greves com e sem reposição de aulas. Greves de um dia e greves de duas, dez, quatorze, até vinte semanas. Greves com ocupação de prédios públicos. Greves com marchas.
Conhecemos, também, muitas e variadas formas de resistência individual: a migração das capitais dos Estados para o interior onde a vida é mais barata; os cursos de administração escolar para concursos de diretor e supervisor; transferências para outras funções, como cargos em delegacias de ensino e bibliotecas. E, também, a ausência. Tivemos taxas de absenteísmo, de falta ao trabalho, em alguns anos, inverossímeis.
Não obstante as desmoralizações individuais, o mais impressionante, se considerarmos futuro da educação brasileira, é valente resistência dos professores com suas lutas coletivas. Foram e permanecem uma inspiração para o povo brasileiro.
1Os dados sobre desigualdades sociais em educação mostram, por exemplo, que, enquanto os 20% mais ricos da população estudam em média 10,3 anos, os 20% mais pobres tem média de 4,7 anos, com diferença superior a cinco anos e meio de estudo entre ricos e pobres. Os dados indicam que os avanços têm sido ínfimos. Por exemplo, a média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais de idade se elevou apenas de 7,0 anos em 2005 para 7,1 anos em 2006. Wegrzynovski, Ricardo Ainda vítima das iniqüidades
in http://desafios2.ipea.gov.br/003/00301009.jsp?ttCD_CHAVE=3962
Consulta em 21/02/2011.
2Informações sobre o PISA podem ser procuradas em:
http://www.unesco.org/new/en/unesco/
Consulta em 21/02/2011
3O relatório citado organiza os dados de 2006, e estão disponíveis em:
http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001899/189923por.pdf
Consulta em 19/02/2011
4A pesquisa mensal do IBGE só é realizada em algumas regiões metropolitanas. Não há uma base de dados disponível para aferir o salário médio nacional. Veja o linkaquiConsulta em 19/02/2011
5Uma pesquisa completa sobre os salários iniciais em todos os Estados pode ser encontrada em estudo:
http://www.apeoc.org.br/extra/pesquisa.salarial.apeoc.pdf
Consulta em 14/02/2011