O QUE ACONTECEU?
Nesta
quinta-feira, dia 04 de outubro, os estudantes da UFRGS sofreram uma tentativa
de golpe do grupo de direita titulado “DCE Livre”, e o pior: com apoio da União
Nacional dos Estudantes – UNE – contando inclusive, com a presença de Daniel
Iliescu (Presidente da UNE), na ocasião.
As eleições do
DCE da UFRGS se aproximam; e, mesmo com a convocação da atual gestão para um
Conselho de Entidades de Base - para formar a comissão eleitoral -, o DCE Livre
[ligado ao PDT e a máfia do DCE da PUCRS] junto da UNE, tentou dar um golpe
chamando um mesmo CEB, sem nenhum respaldo no Estatuto da Entidade, e ainda
impedindo a entrada dos estudantes que queriam presenciar a reunião.
Ao chegar a
porta do espaço da reunião, os estudantes eram questionados sobre o Diretório/Centros
Acadêmicos que representavam, mas só poderiam entrar caso fossem o(a)
Presidente do CA ou DA. Neste contexto, os próprios membros da gestão atual do
DCE foram impedidos de passar pela porta.
Na ocasião,
houve ainda agressão por parte dos representantes deste grupo de direita. Ao
tentar dialogar e entrar na reunião, além de impedidos, os estudantes presentes
foram agredidos pela truculência do Dce Livre, causando tumulto até a chegada
da Segurança Universitária.
Isto é uma
atitude que nada tem de democrática e mostra o que DCE Livre quer nesta
eleição: um processo anti-democrátco e violento; como em 2010, quando criaram
uma comissão eleitoral paralela e por fora daquilo que os diversos DA’s e CA’s
haviam deliberado. Sendo que a ‘parceria’ DCE Livre (PDT e máfia DCE PUCRS) + UNE
já se expressou nesse momento, quando lutavam pelo fim da Comissão Eleitoral
democrática de 2010. Isto nada tem a contribuir para a luta dos estudantes.
Somos contra
métodos de agressão e conflito físico no movimento estudantil. Uma eleição de
DCE não pode começar nestes marcos; se não, imagine como vai ser no dia de ir
às urnas. O que aconteceu ontem, mostra que para o DCE Livre e a União Nacional
dos Estudantes, tudo vale para ter o DCE. O contrário da concepção da ANEL: que
é de construir um movimento estudantil democrático, combativo e independente.
A PROVA DAS
TRAIÇÕES DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES.
Mas, pasmem [ou
não] colegas: a União Nacional dos Estudantes, esteve apoiando esta postura
anti-democrática, com a presença de seu Presidente.
Mas, não é de
hoje que a UNE mostra que não está mais do lado dos estudantes. Foi na luta
pelos 10% do PIB para a educação pública; na luta contra o PNE; recentemente,
no histórico processo de greve nas federais, e tantas outras vezes.
Esta
quinta-feria, também, é simbólica da falência desta entidade naquilo que
significa a luta do movimento estudantil.
Os estudantes
querem um processo eleitoral de suas entidades democrático e às claras. E
sabemos que, se no Congresso da UNE a votação de sua direção já é fraudulenta,
não surpreende que aqui eles defendam os mesmos métodos.
É necessário o
fortalecimento de uma alternativa de luta para o movimento estudantil. A cada
dia, temos mais provas de que a UNE não serve mais a este objetivo; mas, sim,
para impedir a luta dos estudantes por uma educação pública de qualidade, sendo
braço do governo intransigente com o movimento grevista, estando do lado da
direita e contra a democracia nas eleições de DCE’s.
Queremos
fortalecer as mobilizações e dar todo o apoio a luta dos estudantes aqui na
UFRGS em defesa de um processo eleitoral democrático e transparente.
II CONGRESSO DA
ANEL
No ano que vem
teremos o II Congresso da ANEL. Um momento de encontro entre todos os lutadores
e lutadoras que não suportam mais o sucateamento da educação.
A fatura do
Reuni chegou. Depois da grande greve que vivemos, devemos fortalecer a nossa
organização, e o II Congresso da ANEL será um grande momento para a continuação
dessa grande luta.