5 de out. de 2012

Juventude é agredida pela polícia em Porto Alegre

Contingente policial "protegendo" um boneco inflável



Há algum tempo o espaço público, para a cultura livre, em porto alegre vendo sendo proibido. Cada vez mais a juventude da cidade está restrita a sua livre expressão e lazer pela prefeitura de Fortunatti. A noite de ontem foi simbólica da repressão policial, comandada pelo prefeito e pelo governador Tarso Genro.

No Largo Glênio Peres [local público e histórico dos movimentos sociais e da cultura], foi colocado há algumas semanas um gigante boneco inflável financiado pela multinacional Coca-Cola do mascote da Copa do Mundo, o Tatu Bola. Enquanto os trabalhadores e trabalhadoras se deparam com aquele mascote, a população é removida de seu bairros e casas.



Com isto tudo acontecendo - a cidade sendo sitiada e a juventude com seu espaço cada vez menor, e o aumento da privatização dos ambientes públicos [como o próprio Glênio Peres e o Auditório Araújo Viana] - foi organizada a manifestação “Defesa Pública da Alegria” – em frente a Prefeitura da cidade e do tal mascote





Ao longo de toda a
manifestação cerca de 60 policiais bloqueavam o mascote. Num ato de maldade deixaram alguns manifestantes passar e usaram disto como pretexto para agredir a todo mundo. Foram cerca de 20 jovens e estudantes feridos por balas de borracha, cacetadas, pauladas e bombas de efeito moral.

O governo Tarso e a prefeitura Fortunatti não tiveram pena. Houve, inclusive, perseguição pelo centro da cidade e até mesmo o impedimento do acesso da ambulância ao local; manifestantes feridos relataram que a polícia foi até o hospital para encontrar nomes e pessoas, mantendo alguns algemados. E, ainda a violência machista, que fez das mulheres o principal alvo no momento.

Não podemos naturalizar essa repressão. É absurda a forma como esta polícia e estes governos tratam as manifestações: com total truculência, fazendo muitos feridos e perseguindo depois. Não podemos voltar à ditadura. Temos que repudiar estes atos.

Continuaremos mobilizados pelo investimento do dinheiro público na melhoria da cidade, em defesa da cultura livre, e pelo direito à cidade da juventude. Não queremos nenhum evento que cause remoções forçadas, cercamento dos parques, proibição da cultura e livre expressão, e repressão da polícia à juventude.
A ANEL repudia a violência da polícia da Briga Militar, comandada pelo Governo Tarso do PT, e da Guarda Municipal, comandada pela Prefeitura de Fortunatti do PDT.