10 de ago. de 2011

ANEL participa da Coordenação Nacional da CSP - Conlutas


ANEL participa de Coordenação Nacional da CSP Conlutas
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A Comissão Executiva Nacional e ativistas da ANEL participaram, nos dias 5, 6 e 7, da Coordenação Nacional da CSP Conlutas. Como forma de fortalecer o caráter da Central Sindical e Popular Conlutas, que conta com a participação do movimento de combate às opressões e o estudantil, marcamos a presença da ANEL. Foi realizado em Belo Horizonte, no SINTEL – Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações.
Ao início da coordenação, Zé Maria deu um informe inicial sobre conjuntura, e o ponto refletiu uma série de discussões importantes. Foi tratado do tema internacional, ressaltando a importância dos processos de mobilização da Europa e os que seguem no mundo árabe, como agora na Síria, além de dar destaque para o impasse que viveu o governo dos EUA de Obama sobre o pagamento da dívida pública.
Sobre o Brasil, foi proposto no ponto uma campanha com o tema “Se o Brasil cresceu, o trabalhador quer o seu!”, expondo a contradição que vive o Brasil, do crescimento econômico que não vem acompanhado de uma mudança na qualidade de vida dos trabalhadores. Do orçamento público hoje, quase a metade é destinada para pagar grandes banqueiros e empresários através da dívida pública, enquanto o governo promove uma série de cortes nas verbas das áreas sociais, como os 3,1 bilhões de reais cortados da educação esse ano.
CSP Conlutas e ANEL na Campanha Nacional pelos 10% do PIB pra educação!
A ANEL interviu na reunião, ressaltando a importância de fortalecer junto com o movimento de educação e o conjunto dos sindicatos e movimentos populares a Campanha Nacional pelos 10% do PIB pra educação pública já. Essa Campanha deverá ter um peso fundamental na Jornada de Agosto e na Marcha em Brasília, ressaltando que o novo Plano Nacional de Educação do governo Dilma prevê apenas 7% de investimento, para daqui há 10 anos. Exigiremos do governo um investimento imediato de 10% do PIB, que é a necessidade real da educação, já que o Brasil é um dos países que em contradição com seu crescimento econômico, se encontra nos piores índices mundiais nesse terreno.
A ANEL ressaltou também, a partir da experiência que vivenciou semanas antes, a importância da Central prestar todo o apoio à luta do movimento estudantil chileno, encaminhando uma moção que foi aprovada na Plenária Final, de repúdio à truculenta repressão e pela imediata libertação dos mais de 800 presos políticos pelo governo Piñera.
Participamos também do Setorial de Educação, que articulou junto com diversos sindicatos dos profissionais de educação e o ANDES a Campanha Nacional pelos 10% do PIB, assim como a intervenção na Jornada e na Marcha em Brasília. Pensamos formas de articular nacionalmente os estados e municípios que seguem em greve e promover uma pauta nacional de reivindicações do setor, articulando com a exigência da ampliação de investimento e a denúncia do papel atrasado que cumpre o novo PNE. Foi ressaltada a importância de discutir mais profundamente o tema na próxima Coordenação Nacional, no sentido de aprofundar a elaboração sobre um Plano Nacional da Educação voltado à classe trabalhadora. No fim, a ANEL se incorporou à coordenação do setorial de Educação.
CSP Conlutas no combate às Opressões
Nas últimas Coordenações Nacionais, a Central têm se esforçado em aprofundar suas elaborações sobre alguns temas. Já foi discutido a reforma urbana, a questão agrária, e nessa o tema escolhido foi sobre o combate às opressões.
Iniciado na manhã de sábado, foi realizada uma Mesa com convidados como deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), deputado do PSOL, Claudia Mazzei Nogueira autora do livro a feminização do trabalho, Roseverck Santos do Quilombo Raça e Classe, o presidente da Parada Gay de SP, Ideraldo Beltrame, que deram fizeram excelentes exposições sobre cada tema.
Na parte da tarde, os setorias de Mulheres, Negros e Negras e LGBT da CSP Conlutas fizeram suas exposições. Foi aprovada uma campanha de pautas específicas do setor de combate às opressões para as Campanhas Salariais. O nome da campanha é “Chega de Preconceito, Trabalho Igual, Salário Igual”, e será unificada entre negros, mulheres e LGBTs sendo levada aos locais de trabalho, buscando a união da luta sindical com a luta contra as opressões.
Nós da ANEL contamos da importância desse debate, que sempre esteve presente entre as principais campanhas e atividades da entidade, e que agora estamos nos esforçando pela realização do Kit anti-homofobia, como parte do esforço na luta pela criminalização da homofobia e aprovação do PL 122. Além disso, colocamos a importância da criação do GT nacional de combate às opressões e da organização estudantil nesse tema em cada entidade de base.

 
Fortalecendo a Executiva Nacional da ANEL
No primeiro dia da Coordenação, a CEN se reuniu presencialmente. Este esforço é parte do cumprimento da Resolução de Concepção de Entidade e Direção, votada no 1º Congresso. Pautamos a campanha nacional pelos 10% do PIB, a intervenção na Jornada de Agosto, a construção do Kit anti-homofobia, as Finanças da entidade e a preparação da V Assembléia Nacional. Decidimos que a próxima Assembléia será no dia 25 de agosto, em Brasília, logo após a Marcha, e terá uma enorme importância para impulsionar as Resoluções votadas no 1º Congresso da ANEL.
A reunião foi extremamente produtiva, e sem dúvida preparou os principais desafios do semestre. Suas deliberações estão no Informativo nº 16, disponível no site da ANEL. A próxima Coordenação Nacional da CSP Conlutas será nos dias 21, 22 e 23 de outubro, no Rio de Janeiro, e a CEN estará presente novamente para preparar a ANEL seus próximos desafios, além de fortalecer um princípio fundamental da entidade: a aliança operária-estudantil.