Reproduzimos abaixo a matéria publicada na tarde de ontem(15/11) no site da CSP-Conlutas, referente a campanha de solidariedade as organizações sindicais haitianas,que vem sendo duramente reprimidas pelo governo local e pelas tropas da ONU, que mais uma vez demonstram seu caráter colonizador.
Para a ASSEMBLÉIA NACIONAL DOS ESTUDANTES LIVRE é mais do que um dever defender a população haitiana, ainda mais se levarmos em conta que o governo do nosso país, infelizmente, é um dos principais mentores da ocupação militar no país.
adesivo lançado pela ANEL em 2010
No ano passado, após o terremoto que devastou o pais, a ANEL organizou uma grande campanha de solidariedade ao povo haitiano, recolhendo dinheiro em todo o Brasil e enviando para as organizações independentes dos trabalhadores do Haiti. Nosso dinheiro representou quantitativamente muito menos que os milhões que supostamente foram enviados por governos de mundo inteiro, mas teve utilidade prática para centenas de trabalhadores. Os últimos relatos que tivemos nos mostram mais uma vez a farsa da ocupação: até hoje centenas de milhares de pessoas moram em barracos e os escombros do terremoto ainda não foram retirados das ruas do país.
Mais uma vez, chamamos os estudantes brasileiros a lutar em defesa do povo haitiano!
Fonte: cspconlutas.org.br
No próximo dia 18 os companheiros Gilberto A. Gomes, o Giba, dirigente da Federação Sindical Democrática de Minas Gerais e Antonio. F. Barros, o Macapá, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos viajam para a República Dominicana e para o Haiti.
Entre os dias 18 a 22 participarão em Santo Domingo, República Dominicana do VIII Encontro Latino Americano e Caribenho de Sindicalistas. E nos dias 23 a 27 estarão visitando o Haiti onde participarão de atividades em solidariedade ao povo haitiano em sua luta contra a presença das tropas de ocupação da Minustah.
Estarão levando o apoio à luta contra a ocupação e suas conseqüências. O recrudescimento da violência e repressão, com prisões arbitrárias em manifestações, desrespeito ao direito de organização sindical junto com uma política de privilegiar o ressurgimento organizado dos Tonton Macoutes, banda paramilitar assassina utilizada pelas ditaduras de Papa Doc e Baby Doc.
É a forma de buscar a “estabilidade” do Haiti utilizada pela Minustah com a cumplicidade da imensa maioria dos governos Latino americanos. Repressão direta para manter os baixos salários, nenhuma ajuda humanitária de fato, violações, estupros, prisões e agora a tentativa de “criar” um exército ou policia nacional no Haiti se apoiando no que de pior tem no país: os Tonton Macoute.
Abaixo enviamos uma moção que queremos colher assinaturas, para que os companheiros possam entregar tanto para o Comando da Minustah quanto para o Governo Martely.
Pedimos que todos assinem e repassem para suas listas mais essa iniciativa de solidariedade.
Enviar para dirceutravesso1@gmail.com e batay@batayouvriye.org
Abaixo Assinado Haiti
Nós, abaixo assinados, exigimos a imediata retirada das tropas de ocupação da ONU no Haiti. Desde o inicio os governos dos países que se somaram a missão da ONU tem dado apoio a uma vergonhosa política colonialista, racista e de dominação econômica e militar do povo haitiano para garantir os interesses das grandes empresas internacionais e do imperialismo.
Temos assistido, nos últimos 7 anos, ataques às liberdades democráticas, prisões e repressão dos haitianos, além de violações de mulheres e crianças.
Agora, com o governo Martelly veio o ressurgimento dos instrumentos locais para repressão, intimidação e dominação do povo haitiano, como as bandas paramilitares, como faziam os Tonton macoutes. Também se pensa retornar com o exército macoute de antes. Em outras palavras: está ressurgindo a ditadura dos macoutes , agora fortalecida com o retorno de Baby Doc. Tudo isto só pode acontecer pela presença das tropas de ocupação e sua política, por traz do discurso de ajuda humanitária, de impedir o livre direito de organização e autodeterminação do povo haitiano.
São exemplos disso os casos recentes como a demissão de dirigentes sindicais do recém fundado Sindicato SOTA, as prisões de ativistas em manifestações, novos casos de estupros e assassinatos, sempre com a participação direta ou no mínimo conivência das tropas de ocupação.
Por isso, exigimos:
Readmissão dos dirigentes do sindicato SOTA e seu reconhecimento real pela patronal. Pela livre organização sindical no Haiti;
Fim da repressão ao povo haitiano y dos trabalhadores em particular;
Abaixo a ditadura neo-duvalierista de Martelly;
Fim da ocupação militar do Haiti. Abaixo a Minustah!