Resolução sobre Reorganização do Movimento Estudantil
1) Com a chegada do governo Lula e do PT ao poder, o movimento social brasileiro passou a viver um importante processo de reorganização, pois os principais dirigentes e organizações sindicais das lutas em nosso país passaram a conduzir o conjunto de ataques à classe trabalhadora que o projeto neoliberal orienta. O movimento estudantil também viveu esse processo.
2) Desde a adesão da UNE ao projeto educacional do governo Lula, em 2003, só veio ficando mais clara a necessidade de romper com esta entidade. Esta, que outrora impulsionava os sonhos e as lutas da juventude brasileira, está cada vez mais atrelada.
3) Nesses anos não faltaram, da parte da UNE, gestos de fidelidade ao governo e de traição às lutas do povo e dos estudantes. Casos recentes como o vergonhoso apoio à Sarney, à ocupação militar no Haiti e ao novo ENEM evidenciaram que nos momentos críticos é o governo quem pode contar com a UNE – e não os estudantes.
4) Com a fundação da ANEL, o movimento estudantil brasileiro pôde ver uma alternativa de organização que pudesse apresentar a voz de combatividade que os estudantes brasileiros possuem historicamente. Ao aparecer de forma coerente nesses e em outros processos, a entidade teve condições de crescer e se fortalecer.
5) No marco de um processo de construção e desenvolvimento, a ANEL vai se mostrando capaz de refletir as lutas e os sentimentos críticos dos estudantes brasileiros. Pela força alcançada por suas campanhas, seus fóruns e sua interlocução com outros movimentos sociais, a ANEL é hoje uma realidade.
6) A estratégia de “disputar a UNE por dentro”, por outro lado, se demonstra cada vez mais estéril. Fora das lutas e engessada pelo controle institucional do governo, a UNE inviabiliza por inteiro que floresça um pólo combativo em seu interior. Não à toa, não vimos uma única campanha unificada da oposição de esquerda da UNE ou um fórum vigoroso, que fizesse a oposição da UNE se afirmar como alternativa de organização dos estudantes livres.
7) Nesse sentido, a ANEL acertou em se colocar a disposição de construir mecanismos de interlocução com os setores da oposição de esquerda da UNE. As iniciativas da Jornada da Unidade, a construção do Seminário de Uberlândia e as chapas unitárias nas eleições de DCE provaram a vocação unitária de nossa entidade.
8) Essas propostas surgiram pela compreensão de que é possível e necessário que os lutadores armem as lutas em espaços que dêem condições para tal. Por isso, reafirmamos a disposição da ANEL de organizar em seu interior ativistas e coletivos que também integram a esquerda da UNE.
9) Por outro lado a ANEL, desde seu nascimento, se filiou a CSP-Conlutas numa iniciativa inédita de organização conjunta de trabalhadores, estudantes e movimentos populares que se mostrou muito acertada e fortaleceu muito a nossa luta e o nosso movimento.
Por isso, o 1º Congresso da ANEL resolve:
1) Construir e fortalecer cada vez mais a ANEL!
2) Reafirmar o compromisso com as iniciativas da Jornada da Unidade!
3) Reafirmar a ANEL como uma entidade ampla e democrática, aberta a participação de todos os estudantes e entidades estudantis (Grêmios, CAs, DCEs, Executivas de Curso e etc) participem eles dos fóruns da UNE ou não.
4) Reafirmar a unidade com os trabalhadores através da filiação e participação nos fóruns estaduais e nacional da CSP-Conlutas.
2) Reafirmar o compromisso com as iniciativas da Jornada da Unidade!
3) Reafirmar a ANEL como uma entidade ampla e democrática, aberta a participação de todos os estudantes e entidades estudantis (Grêmios, CAs, DCEs, Executivas de Curso e etc) participem eles dos fóruns da UNE ou não.
4) Reafirmar a unidade com os trabalhadores através da filiação e participação nos fóruns estaduais e nacional da CSP-Conlutas.